16 de maio de 2011

• Meme Literário.


Este meme literário foi hospedado pelo blog Page reading onde compartilhamos informações sobre como é nossa leitura e assim os leitores poderão conhecer mais o blogueiro(a) e a sua leitura. Para mais informações>>
Recebi da Minne do http://mineentrelinhas.blogspot.com - blog da minha companheira de Filmes, Séries e Livros. Ela sabe que adoro responder às perguntinhas do meme por isso enviou-me este.



1- Quantas páginas você ler por dia?

Isso depende de como anda minha agenda. Gosto de sentar no balanço do jardim e ler a tarde toda. Depois mudo para outro lugar. Já cheguei a ler um livro de aproximadamente 600 páginas em três dias. Isso me diz que sou capaz de ler cerca de 300/dia. Mas geralmente não é assim, afinal tenho que comer, estudar etc. Acontece que esse livro em especial era muito bom e não podia esperar. Não contabilizo muito, mas costumo ler de 50 a 100 por dia.

2- Se fosse um personagem de livro, qual seria?

Não sei... me identifico mais com personagens masculinos do que com os femininos. Mulheres de Romances acabam sempre tomando atitudes que me deixam querendo entrar no livro e dar um choque de realidade nelas... Eu tenho um lado Aphodite de The house of night – não o lado bitch- o realista, sem meio termo. Mas também tenho um misto Elena/Katherine de The vampire Diares. Sei lá, são nuanças...


3- Quantos livros você compra e lê por mês?

Quem me dera esta constância... O Submarino sempre me envia promoções na hora que não posso aproveitar (fico louca!). A grana também anda curta, salário de professor, sabe como é. Tenho que eleger prioridades outras, mas sempre que posso compro. Demoro a comprar, mas quando compro nunca é um só. E não leio, devoro em poucos dias.


4- Como é a sua leitura, você lê em voz alta ou silenciosamente?

Silenciosamente. Tenho que me concentrar. Não gosto de ler em voz alta quando é só pra mim. A leitura me parece muito mais agradável desse jeito, o mergulho é mais profundo.


5- Já pegou livro emprestado de alguém? Gosta de emprestar seus livros?

Geralmente meus livros sou eu que compro. Empresto à Minne (prima) e pego emprestado os dela. Gostamos do mesmo tipo de leitura (\o/) e isso é ótimo para ambas as partes. Não gosto de emprestar meus livros (exceto pra Minne que é tão ciumenta quanto eu) porque o povo não tem cuidado com os coitados. Sem falar que a maioria dos meus tem capa preta, brilhante e que risca fácil (= morri!). Quando empresto é sob muita recomendação de cuidado e sempre vai junto um pequeno manual de uso que eu elaboro na hora da separação.


6- Onde você guarda seus livros, tem uma estante para isso?

Sim, sim, sim! Tenho uma estante só pra eles. Demorou horrores pra chegar (não comprem móveis pela internet), mas ficou perfeito. Todos alinhadinhos, limpos e no reservado do meu quarto, longe das crianças que passam por aqui de vez em quando.


7- Cite no mínimo três melhores livros que possui na sua estante:

Eclipse, Escolhida ( House of Night ) e Hospedeira. Tem também o A Cabana que eu comprei e dei de presente a meu noivo. Não é meu tipo mais recorrente de leitura, mas realmente foi muito bom tê-lo lido. Confesso: chorei baldes. Não tenho preparo psicológico para certos temas presentes nele...

8- Qual a sua leitura do momento e o que está achando?

Estou tentando acabar de ler “Entrevista com um Vampiro” de Anne Rice, mas tá difícil achar tempo até pra me coçar. (Tá fogo!) É bom, uma visão diferente das atuais sobre vampiros (meu tema favorito). Só consigo imaginar Tom Cruise e Brad Pitt nos papeis de Lestat e Louis. Por causa o filme que assisti a séééculos atrás.


9- Indique para 5 ou 10 blogs amigos

Mash

Frases soltas de solidão...

RENATO VALENÇA

TassioLeitte (Thaw)

O Mundo de Fadinha

11 de maio de 2011


- Eu vejo tecnologia.
- Com que frequência?
- O tempo todo...

A Morte Devagar - Martha Medeiros

Morre lentamente quem não troca de idéias, não troca de discurso, evita as próprias contradições.

Morre lentamente quem vira escravo do hábito, repetindo todos os dias o mesmo trajeto e as mesmas compras no supermercado. Quem não troca de marca, não arrisca vestir uma cor nova, não dá papo para quem não conhece.

Morre lentamente quem faz da televisão o seu guru e seu parceiro diário. Muitos não podem comprar um livro ou uma entrada de cinema, mas muitos podem, e ainda assim alienam-se diante de um tubo de imagens que traz informação e entretenimento, mas que não deveria, mesmo com apenas 14 polegadas, ocupar tanto espaço em uma vida.

Morre lentamente quem evita uma paixão, quem prefere o preto no branco e os pingos nos is a um turbilhão de emoções indomáveis, justamente as que resgatam brilho nos olhos, sorrisos e soluços, coração aos tropeços, sentimentos.

Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz no trabalho, quem não arrisca o certo pelo incerto atrás de um sonho, quem não se permite, uma vez na vida, fugir dos conselhos sensatos.

Morre lentamente quem não viaja, quem não lê, quem não ouve música, quem não acha graça de si mesmo.

Morre lentamente quem destrói seu amor-próprio. Pode ser depressão, que é doença séria e requer ajuda profissional. Então fenece a cada dia quem não se deixa ajudar.

Morre lentamente quem não trabalha e quem não estuda, e na maioria das vezes isso não é opção e, sim, destino: então um governo omisso pode matar lentamente uma boa parcela da população.

Morre lentamente quem passa os dias queixando-se da má sorte ou da chuva incessante, desistindo de um projeto antes de iniciá-lo, não perguntando sobre um assunto que desconhece e não respondendo quando lhe indagam o que sabe. Morre muita gente lentamente, e esta é a morte mais ingrata e traiçoeira, pois quando ela se aproxima de verdade, aí já estamos muito destreinados para percorrer o pouco tempo restante. Que amanhã, portanto, demore muito para ser o nosso dia. Já que não podemos evitar um final repentino, que ao menos evitemos a morte em suaves prestações, lembrando sempre que estar vivo exige um esforço bem maior do que simplesmente respirar.

A GENTE SE ACOSTUMA

A gente se acostuma a morar em apartamento de fundos e não ver vista que não sejam as janelas ao redor. E porque não tem vista logo se acostuma a não olhar para fora. E porque não olha para fora, logo se acostuma e não abrir de todo as cortinas. E porque não abre as cortinas, logo se acostuma a acender mais cedo a luz. E, à medida que se acostuma, se esquece do sol, se esquece do ar, esquece da amplidão.

A gente se acostuma a acordar sobressaltado porque está na hora. A tomar café correndo porque está atrasado. A ler o jornal no ônibus porque não pode perder tempo. A comer sanduíche porque não dá para almoçar. A sair do trabalho porque já é noite. A cochilar no ônibus porque está cansado. A deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia.

A gente se acostuma a abrir o jornal e a ler sobre a guerra. E aceitando a guerra, aceita os mortos e que haja números para os mortos. E aceitando os números, aceita não acreditar nas negociações de paz. E não aceitando as negociações de paz, aceitar ler todo dia de guerra, dos números, da longa duração.

A gente se acostuma a esperar o dia inteiro e ouvir no telefone: “hoje não posso ir”. A sorrir para as pessoas sem receber um sorriso de volta. A ser ignorado quando precisa tanto ser visto.

A gente se acostuma a pagar por tudo o que se deseja e necessita. E a lutar para ganhar com que pagar. E a ganhar menos do que precisa. E a fazer fila para pagar. E a pagar mais do que as coisas valem. E a saber que cada vez pagará mais. E a procurar mais trabalho, para ganhar mais dinheiro, para ter com que pagar nas filas em que se cobra.

A gente se acostuma a andar nas ruas e ver cartazes. A abrir as revistas e ler artigos. A ligar a televisão e assistir comerciais. A ir ao cinema e engolir publicidade. A ser instigado, conduzido, desnorteado, lançado na infindável catarata dos produtos.

A gente se acostuma à poluição, às salas fechadas de ar condicionado e ao cheiro de cigarros. À luz artificial de ligeiro tremor. Ao choque que os olhos levam à luz natural. Às bactérias de água potável. À contaminação da água do mar. À morte lenta dos rios. Se acostuma a não ouvir passarinhos, a não ter galo de madrugada, a não colher fruta no pé, a não ter sequer uma planta por perto.

A gente se acostuma a coisas demais para não sofrer. Em doses pequenas, tentando não perceber, vai afastando uma dor aqui, um ressentimento ali, uma revolta lá.
Se o cinema está cheio, a gente senta na primeira fila e torce um pouco o pescoço. Se a praia está contaminada, a gente só molha os pés e sua o resto do corpo. Se o trabalho está duro, a gente se consola pensando no fim de semana. E se no fim de semana não há muito que fazer, a gente vai dormir cedo e ainda fica satisfeito porque tem muito sono atrasado.

A gente se acostuma a não falar na aspereza para preservar a pele. Se acostuma para evitar sangramentos, para esquivar-se da faca e da baioneta, para poupar o peito.

A gente se acostuma para poupar a vida. Que aos poucos se gasta, e que, de tanto acostumar, se perde de si mesma.

Dez passos para criar um delinquente...

1. Comece na infância dando ao seu filho tudo o que ele quiser, assim quando ele crescer, achará que o mundo tem obrigação de lhe dar tudo o que deseja.
2.Quando ele falar nomes feios, ache graça, isso o fará considerar-se importante e desconsiderar aos demais desde pequeno.
3.Nunca lhe dê orientação religiosa, espere até que tenha 21 anos e decida por si mesmo, a sociedade o ajudará, mesmo que ele se torne um fanático e seja explorado financeiramente.
4.Apanhe tudo o que ele deixar jogado, faça tudo para que ele aprenda a jogar suas responsabilidades nos outros.
5.Discuta com frequência na frente dele, principalmente aos 7 anos. Assim ele não se assustará quando o lar dele se desfizer mais tarde.
6. Dê todo o dinheiro que ele quiser, nunca o deixe ganhar seu próprio dinheiro. Assim você o pouca de passar pelas mesmas dificuldades que você passou, mesmo quando ele acabar com todo o patrimônio.
7. Satisfaça todos os seus desejos, afinal isso poderia acarretar frustrações prejudiciais.
8. Tome o partido dele contra os vizinhos, policiais... Afinal, ninguém tem direito de educar seu filho a não ser a TV e a empregada.
9. Não oriente quanto às amizades, mesmo que os parentes lhe avisem que parecem traficantes, e quando ele se meter em encrenca séria, dê a desculpa que nunca conseguiu dominá-lo.
10. Quando estiver em profundo desgosto da vida, console-se, diga que é o seu destino e o dele, que Deus quis assim...
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