31 de março de 2010

Ser teu pão, ser tua comida, todo amor que houver nessa vida...

" Todo Amor que Houver Nessa Vida "

Composição: Frejat/ Cazuza

Eu quero a sorte de um amor tranqüilo
Com sabor de fruta mordida
Nós na batida, no embalo da rede
Matando a sede na saliva

Ser teu pão, ser tua comida
Todo amor que houver nessa vida
E algum trocado pra dar garantia

E ser artista no nosso convívio
Pelo inferno e céu de todo dia
Pra poesia que a gente não vive
Transformar o tédio em melodia

Ser teu pão, ser tua comida
Todo amor que houver nessa vida
E algum veneno antimonotonia

E se eu achar a tua fonte escondida
Te alcanço em cheio, o mel e a ferida
E o corpo inteiro como um furacão
Boca, nuca, mão e a tua mente não

Ser teu pão, ser tua comida
Todo amor que houver nessa vida
E algum remédio que me dê alegria


.

Descobri que as coisas lindas são mais lindas quando você está...

"As coisas tão mais lindas"

Cássia Eller

Composição: Nando Reis

Entre as coisas mais lindas que eu conheci
Só reconheci suas cores belas quando eu te vi
Entre as coisas bem-vindas que já recebi
Eu reconheci minhas cores nela, então eu me vi

Está em cima com o céu e o luar
Hora dos dias, semanas, meses, anos, décadas
E séculos, milênios que vão passar

Água- marinha põe estrelas no mar
Praias, baías, braços, cabos, mares, golfos
E penínsulas e oceanos que não vão secar

E as coisas lindas são mais lindas
Quando você está
Hoje você está
Onde você está
As coisas são mais lindas
Por que você está
Onde você está
Hoje você está
Nas coisas tão mais lindas


.

Faz bem...

"Resposta"

Nando Reis

Composição: Samuel Rosa e Nando Reis

Bem mais que o tempo que nós perdemos
Ficou pra trás também o que nos juntou.

Ainda lembro que eu estava lendo.
Só pra saber o que você achou
Dos versos que eu fiz e ainda espero
Resposta.

Desfaz o vento
O que há por dentro
Desse lugar que ninguém mais pisou.
Você está vendo o que está acontecendo?
Nesse caderno sei que ainda estão.

Os versos seus
Tão meus que peço
Pros versos meus,
Tão seus,
Que esperem que os aceite.

Em paz
Eu digo que eu sou
O antigo do que vai adiante
Sem mais,
Eu fico onde estou
Prefiro continuar distante.

.

27 de março de 2010

Beleza tatuada....



Isis Valverde


Deborah Secco


Anjelina Jolie


Cristina Ricce


Megan Fox


Pink


Pitty



Rihanna


Penélope Nova


Victoria Beckman

21 de março de 2010


Trocadilhos Do Ano

Eu como camarão, o presidente Lula.
Eu uso faca, o José Serra.
Eu prefiro a quina, o Ayrton Senna.
Eu uso capuz, o Willian Bonner
Eu gosto da Ivete Sangalo, o Brad Pitty.
Eu disse credo, o Oswaldo Cruz.
Eu quero guerra, a Bárbara Paz.
Eu mando ele, o Nelson Mandela.
Lá secou longe, Alice Cooperto.
Que Deus olhe por mim e que Celso Portiolli.
Eu sou mano, o Max Brod.
Eu quebro mansões,mas Tati Quebra Barraco.
Ao ver uma modelo você fala que ela é bonita. O Miguel Falabella.
Vou à Benim, a Mel Lisboa.
Eu prefiro o batman, o Luciano Huck.
A minha sandália é velha, a da Penélope Nova.
Eu não uso drogas, o Cazuza.
Eu sou brasileiro, o Renato Russo.
Eu tenho tigre, a Nara Leão.
Tem gente gente que fala de morte, o Capitão Nascimento.
Eu como torrada no café da manhã, o Japão.
Eu vou embora, mas John Travolta.
O Steve Vai onde a Adriana Esteves.
Eu gosto de Chapolin, o Hugo Chávez
Eu prefiro ônibus. O James Bond.
I prefer the number eight, Lenine.
Eu pinto retratos,o Jânio Quadros.
Eu caminho, a Irlanda.
Eu bebo café, a Cláudia Leitte.
Você escreve, enquanto eu e a Ruth Lemos.
Meu colar é comprado, o da Nelly Furtado.
Jogaram grãos no chão para a Patrícia Pillar.
Eu prefiro a guerra, a Juliana Paes.
Em mim não dói, mas no Oscar Roberto Godoy.
Eu lavo o cabelo com Seda, o Eric Johnson.
Adoro comer maçã, a Dani Bananinha.
Eu escuto ipod, já o Geraldo Walkman.
Eu não faço, mas a Beth Faria.
Eu sou uma pessoa sacana, o Roberto Justus.
Eu nunca vi o mau, porém o Bon Javi.
Eu durmo tarde, mas o Seu Madruga.
Eu gosto de cereja, a Camila Pitanga.
Prefiro vinho tinto, a Déborah Secco.
Yo no hablo español múy bién, pero Galvão Bueno.
Eu prefiro o Dipsy, o Edgar Allan Pô.
Eu não queria sair, mais a Cássia Kiss.
The TV set is blue, but Radiohead.
Gosto de falar sobre vida, Trobar de Morte.
Eu vou comer camarão, o Nicola Siri.
Vou me casar ano que vem, a Marjorie Estiano.
Eu gosto de Brahma, o Johann Strauss.
Vou comprar um Passat, o Carlos Santana.
Torço pelo Flamengo, a Ana Botafogo, o Silvio Santos, o Marcos Palmeira, o André Vasco, o Irwin São Paulo e o Stanislau Ponte Preta.
Eu tenho um tigre, o Émerson Leão.
Eu tenho uma casa pequena. O Carlos Casagrande.
Eu prefiro ciclone, a Hilda Furacão e o Tony Tornado.
Minha parte preferida do corpo é o pescoço, a do Nikolai Gogó.

Gosto de comer torresmo, o Kevin Bacon.
Eu queria me chamar Francisco, o Erasmo Carlos.
Eu crio foca, o Paulo Morsa.
Cortei gramados, o André Matos.
Meu pai gosta de fusca, a Rita Cadillac.
Eu assisto ao Campeonato Paulista, o Ronaldinho Gaúcho.
Vou vender xícaras, a Glória Pires.
Eu adoro chiclete, o Carlinhos Bala.
Eu cuido do meu corpo. O Tim Maia.
Não quero ir à quadra, mas a Rih tá ali.
Todos só morrem uma vez, mas a Alanis Morissette.
A Maria é da cidade, o Martinho da Vila e a Vanessa da Mata.
Você faria papel de trouxa? O Reginaldo Faria.
Eu não tenho um desses, mas o Quarentinha um.
O Pateta usa o teclado. o Mickey Mouse.
Eu escovo os dentes 3 vezes ao dia. O Joãozinho Trinta.
Eu como pitanga, o Paulo César Caju.
Eu gosto de chá gelado. O Clark Kent.
Eu prefiro tubarão. A Cláudia Raia.
No filme, preferi o Harold Oxley, a Norah Jones.
Eu como carne, o Felipe Massa.
Eu amo inverno, a Vera Verão.
Já que você não quis usá-lo, Muse.
Eu não sinto, mas o 50 Cent.
Eu uso metal, o Leo Madeira.
Gosto mais de cães, o Villa-Lobos.
Eu sou odiado, o Jorge Amado.
Eu prefiro Bom Bril, o Bob Esponja.
Eu gosto do produtos Garoto, o John Couch Adams.
Eu conto meses, a Cameron Diaz.
Ele cria galinha. O Paulo Coelho.
Eu toco trombone, o Adolphe Sax.
A Angélica ganhou o prêmio Celebridade do Ano, o Alfred Nobel.
Eu fujo. O Chiquinho Scarpa.
Eu uso telefone convencional. O Édson Celulari.
Eu acordo mais tarde do que deveria e o Edir Macedo.
I prefer to play in the backyard, George Sand.
Minha cor favorita é azul, Giuseppe Verdi.
Prefiro usar Hering, o Ernst Mach.
Meu primo é instrumentista, o Georg Cantor.
Meus animais favoritos são rinoceronte e avestruz, Ruggiero Leoncavallo.
Eu vim de Moscou, o Erasmo de Roterdã.
Eu prefiro presunto, o Nicolas Cage
Eu queria ver de perto a Estátua da Liberdade, o Gustave Eiffel.
Eu amo Honda, o Karl Benz e o Andre Citroen.
Gosto de tocar teclado, o Giuseppe Peano.
Sempre peço Burger King, o Ramsay MacDonald.
Yo tengo poca, Alfons Mucha.
Meu sobrenome é pereira, o do Fausto Silva.
Yo tengo capa roja, Jose Raul Capablanca.
I’m only going to be back tomorrow morning, but Arnold Bax before 10pm.
Eu fumo. O Celso Pitta.
Yo tengo un pezon, George Patton.
Eu gosto mais de escutar, o Manuel de Falla.
Geralmente, para pintar, uso Tigre, Rick Renner.
Nunca veria uma coisa dessas, já o Lavrenty Beria.
Eu tenho machucado no dedão, a Frida Kahlo.
Para pescar, uso rede. A Theda Bara e o Che Guevara também.
I prefer a regular day, Billie Holiday.
Eu gosto de Heavy Metal, o Walther Funk.
I always dreamt about going to Saturn, Harpo Marx.
Não fui eu quem coou, o Nat King Cole.
Eu quero um diamante, o Jack Ruby.
I usually change the volume, Coco Chanel.
Comigo ainda não deu, mas com o Fernandel e com o Kurt Godel também.
That girl is my daughter, Jim Morrison.
Prefiro o Citröen C3, o Pablo Picasso.
Você já morou em Paris? A Marilyn Monroe.
Nas últimas eleições, votei Terry, Vannevar Bush.
Numa partida de xadrez, eu fiz a jogada do roque, o Chiang Kai-shek.
Sou mentiroso, o Francisco Franco.
Moro perto de lagoa, o Graham Hill.
Sou baixo, o Alvar Aalto.
Aquele rapaz é o príncipe, o Del Rey.
Escrevi uma norma e uma regra, o Elvis Presley.
Aquela mulher nunca viveu lá, mas o Aldo Moro lá por muitos anos.
Pessoas normais têm boca, mas o Steve Biko.
Segui caminho, Nino Rota.
Eu não captei, mas o Eric Képtou.
I traveled East, Kanye West.
Eu não esperei, mas o Jack Sparrow.
Minha equipe é a Ferrari, a do Hank Williams.
I prefer orange, but John Lennon.
Eu uso Havaianas, a Tomb Raider.
Construo viadutos. Marcos Pontes.
I usually go home before she comes, but Tom Waits for her.
Eu pinto paredes, o Jânio Quadros.
Eu amo azul, o Samuel Rosa.
Sempre gostei mais do Taffarel, o Caetano Veloso.
Creio em São Francisco, o Mongo Santamaria.
Eu sou honesto, o Sérgio Mallandro.
Eu taco barro, o Dalai Lama.
Não moro em Pindamonhangaba, o Wagner Moura.
Eu abasteço com gasolina, o Vin Diesel.
Eu chego cedo, o Diego Tardelli.
Eu não gosto de pecar, mas a Débora Kerr que o Gregory Peck.
Gosto de cachoeira, o Edu Ribeiro.
Eu estou perto de casa. O Silvester Stalonge.
Desse aí eu não tenho, mas o Frankstein.
Fico de perto, o Tom Delonge.
Gosto de azul, a Chapeuzinho Vermelho.
Eu sou bom, o Lobo Mau.
Eu não faço exercício, mas o Tim Maia.
Prefiro sobremesa doce, a Wanessa Amargo.
Fulano afirma, mas o Arnold Schwarznega.
Eu faço coco, o Gilberto Barros.
Eu não vou furar, o Juca Kfouri.
Eu prefiro Sandy, o Caio Júnior.
Você não viu aquilo? Mas o Clodovil.
Eu sou de Belo Horizonte. O Dinho Ouro Preto.
Eu pulo do barranco, o Luciano do Valle.
Sei tocar violoncelo, o Ben Harpa.
Nunca zerei Super Mario, mas o Nx Zero.
O pai da Malu Mater é o Malu Father
Eu dou 3 reais por um pacote de pipocas, o Leonardo da Vinci.
Errei 5 questões na prova, o Kaká Rosset.
O Batman fez o seguro do carro porque tem medo que Robin.
O Chris Brown não atravessou a rua porque ele não kiss kiss.
A minha impressora imprime em preto, mas a do Fernando em Collor.
O Lula não sabe de nada, mas o Gilberto Kassab
Eu já escalei montanha, a Marta Rocha.
Eu uso a cabeça, o Salvatore Cacciola.
Eu vou para Buenos Aires, o Fábio Assunção.
Eu limpo com sabão. A Maria Cândida.
Ele faz macumba. A Ana Maria Praga.
A Maria prefere MPB. O Zeca Pagodinho.
Meu Ford não tem espaço. O Fiat Stilo
Gol é carro muito pobre. O Opala Diplomata
Eu já cacei uma capivara. A Juma Marruá
I like the summer. Marcos Winter
A Vitória gosta de jacarandá. O Marcos Palmeira
Tenho férias em dezembro. O Cláudio Marzo
O Tenório tem um Puma. A Luciene Adamo
Ele sempre gostou de almimentos com vitamina. A Lilian With Fiber
Eu tomo Biotônico Importado. O Ary Fontoura
O Sílvio gosta de Azul escuro, o Roberto Marinho
Ele corta com serra, o Renato Machado
No meu bolso cabe dinheiro, no do Jucelino Kabitschek
Eu não matei. Mandei o Mauricio Mattar.
Você não tem. O Frankenstein.
Eu vou à igreja e o Otávio Mesquita.
Eu encho o balde. O Valderrama!
Eu fui preso e o Gugu Liberato.
Minha origem é Inca e a do Tim Maia.
Na estrada eu peguei o ônibus, o Djavan.
Traga um cavalo que a Marisa Monte.
Eu como maçã, a Marília Pêra.
Cachorro late, academia.
Eu não dou, o Canadá.
João era pipoqueiro, o Zeca Baleiro.
Eu vou ao Shopping, o Walter Mercado.
Eu gosto de loira, o Jesus Negão.
Eu gosto de sopa, o Felipe Massa
Eu fui ao correio por um pacote, o George Harrison foi Paul McCartaney.
Eu não estou, o Ringo Starr.
Eu estou escrevendon, o John Lennon.
Na minha casa tem piscina, vem Canadá.

Não riu de nada disso?

O Damon Hill.


20 de março de 2010


Joaquim Pedro de Andrade

Por que você faz cinema ?

Para chatear os imbecis

Para não ser aplaudido depois de seqüências dó-de-peito

Para viver à beira do abismo

Para correr o risco de ser desmascarado pelo grande público

Para que conhecidos e desconhecidos se deliciem

Para que os justos e os bons ganhem dinheiro, sobretudo eu mesmo

Porque, de outro jeito, a vida não vale a pena

Para ver e mostrar o nunca visto, o bem e o mal, o feio e o bonito

Porque vi Simão no Deserto

Para insultar os arrogantes e poderosos, quando ficam como cachorros dentro d’água no escuro do cinema

Para ser lesado em meus direitos autorais.

Joaquim Pedro de Andrade, Cineasta brasileiro
Publicado em Pourquoi filmez-vous? / Libération / Paris / maio de 1987


19 de março de 2010



“O grande inimigo da poesia é a pasmaceira”

O lançamento do livro Alagoado, de Fernando Fiúza, realizado no Memorial à República em 2009 foi um evento cultural de alto nível como a muito não se via em Maceió. A noite contou com recital dirigido pelo cineasta René Guerra, trazendo no elenco as atrizes Ivana Iza e Anne Oliva e também a cantora Cris Braun. Alagoado é o terceiro livro publicado pelo autor, suas obras anteriores são “O Vazio e a Rocha” de 1992 (livro de poemas) e “Tira-Prosa” publicado em 2004 (livro de poemas em prosa).

O poeta que é professor de Teoria da Literatura da Universidade Federal de Alagoas, falou à Gazeta:

Gazeta – Por que o título Alagoado?

Fernando Fiúza – O verbo alagoar consta do dicionário Houaiss, quer dizer “encher ou inundar (algum lugar), formando uma lagoa”. Mas quando pensei neste título foi com outro sentido: como se diz abaianado, acariocado, apaulistado, agauchado, ou seja, uma pessoa ou algo que recebeu um verniz ou uma influência de determinado lugar. Alagoado, portanto, seria alguém daqui que saiu, alguém de fora que veio pra cá ou alguém que jamais deixou Alagoas com o corpo, mas é mentalmente um cidadão do mundo. Alagoas é um estado novo, se comparado a Bahia e Pernambuco, e Maceió nasceu de um porto, lugar de passagem. Acho bom não termos o peso do passado. Seriam inconcebíveis Hermeto Pascoal e Djavan pernambucanos; o peso da tradição, da pernambucanidade, podaria o lado jazz dos dois, que é o que há de melhor em ambos.

Gazeta – Vivemos tempos em que a liberdade de expressão divide espaço com a violência urbana e a “irracionalidade da economia”, como classificou o filósofo Renato Janine Ribeiro. Como fica a poesia no mundo contemporâneo?

Fernando Fiúza – Desde o romantismo (contemporâneo da Revolução Industrial, Revolução Francesa, independência das colônias americanas) a poesia ocupa um lugar marginal na literatura. A era burguesa, na qual ainda vivemos, elegeu o romance como gênero preferido. Desde então a poesia é um lugar reservado, uma zona protegida, para se exercerem experimentos de linguagem, a liberdade expressiva, a desobrigação do sucesso e do lucro. Quanto à violência e à irracionalidade econômica, não são empecilhos para a poesia. A Ilíada é sobre uma guerra. O grande inimigo da poesia é o embotamento perceptivo, a pasmaceira, a camisinha posta na mente, vedando-a das trocas com o mundo. O deus do comércio, da troca, é o mesmo deus da poesia.


JANAYNA ÁVILA – Realizou a Reportagem para gazetaweb.com

Fonte: http://gazetaweb.globo.com

Referência para consultas: MOREIRA, F. O. F. . Alagoado. 01. ed. Belo Horizonte: Sografe, 2008. v. 01. 106 p.


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